Três das maiores construtoras brasileiras Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão) e Andrade Gutierrez, não vão participar do leilão do túnel submerso Santos-Guarujá, previsto para o dia 5 de setembro na B3. O projeto, orçado em R$ 6,8 bilhões, é considerado uma das principais obras de infraestrutura do país e será viabilizado por meio de uma parceria público-privada com prazo de 30 anos.

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Segundo apuração da CNN Brasil, a desistência foi motivada principalmente pela dificuldade de acesso a crédito em um cenário de juros elevados. Bancos públicos e privados não ofereceram condições favoráveis de financiamento, o que inviabilizou a entrada das companhias no certame. Além disso, o histórico das empresas em investigações de corrupção, como a Operação Lava Jato, ainda gera restrições e afeta a confiança de potenciais financiadores.

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Com a saída das construtoras nacionais, o leilão deve atrair grupos estrangeiros. Entre os interessados estão a portuguesa Mota-Engil, em parceria com a chinesa CCCC, e a espanhola Acciona, que possuem experiência internacional em obras de grande porte e condições financeiras para assumir o empreendimento.
Apesar da ausência de empresas brasileiras, o governo federal e o Estado de São Paulo mantêm o cronograma do leilão. Um aditivo recente ao convênio do projeto solucionou questionamentos do Tribunal de Contas da União, o que garantiu maior segurança jurídica ao processo.

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A desistência das construtoras nacionais reacende o debate sobre a competitividade do setor de infraestrutura no Brasil e as dificuldades de viabilizar grandes projetos diante do alto custo do crédito. Mesmo assim, o túnel Santos-Guarujá continua sendo aguardado como um marco de mobilidade urbana, com potencial para beneficiar milhões de pessoas que diariamente dependem da ligação entre as duas cidades.

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